Direção: Sebastián Silva
Roteiro: Sebastián Silva; Pedro Peirano
Um retrato de hierarquia social latina na luta de uma mulher que faz uma jornada para se ver livre da servidão. Este é o pano de fundo na história da empregada doméstica Raquel, que após 20 anos trabalhando para uma rica família chilena consegue descobrir a si mesma.
A Criada é um grande exemplo de que a
fórmula “sensibilidade do diretor” + “excelentes atuações” são capazes de
superar limitações técnicas e baixo orçamento.
A
sensibilidade do diretor consiste em fazer com que as coisas aconteçam na hora
mais propícia de se acontecer, evitando uma narrativa arrastada, superficial ou
com desníveis. É muito difícil passar o filme inteiro praticamente na mesma
locação e com poucos personagens. A chance do bolo desandar é alta. E um
diretor que tem a sensibilidade de manter o nível de forma regular e precisa merece elogios.
Já a
qualidade dos atores é um diferencial do filme. Todos são muito bons, das
crianças aos adultos. E, principalmente, a protagonista interpretada pela atriz
Catalina Saavedra. A importância dessas atuações é fundamental, sobretudo por
ter conseguido naturalizar personagens que tendem ao caricatural.
Esses dois
elementos permitiram a realização de uma obra com um forte primor psicológico,
alcançado de uma forma bastante particular.
Um excelente
filme, que coloca o espectador na pele de cada um dos personagens. Que o faz
rir, ser complacente, amar e odiar.
Minha nota: 8,2
IMDB: 7,3
ePipoca: 3,5
Sugestão: Play
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