Direção: Luis Puenzo
Roteiro: Luis Puenzo; Aída Bortnik
Na Buenos Aires em tempos de abertura política, professora de História começa a se dar conta da violência da ditadura militar em seu país. O seu drama se complica quando passa a desconfiar que Gabi, a menina que adotou, pode ser a filha de uma desaparecida dos tempos de opressão militar.
Estima-se que
quase 10 mil pessoas morreram durante a Ditadura Militar na Argentina.
Cerca de 30
mil é o número de desaparecidos.
Em princípio,
existem duas possibilidades sobre o paradeiro dos desaparecidos. A primeira e
mais provável é que estão mortos, com seus restos mortais que possivelmente jamais serão encontrados. A outra chance é que estejam vivos, mas com uma nova identidade,
pois foram roubados de seus pais ainda bebês e entregues para outras famílias
cuidarem, inclusive parentes de militares, cuja matriarca da família era
estéril.
E é
justamente um desses bebês que é representada em A História Oficial.
O filme traz
um retrato bastante amplo sobre esse período político dos nossos hermanos. Cada
personagem representa um segmento. Têm os estudantes questionadores da educação
e da imprensa que apresentam uma versão parcial dos fatos históricos; um
general elitista, insensível aos problemas dos indivíduos ao seu redor, a tal
ponto de desumanizá-los; uma jovem de volta ao País, após ter que fugir das
torturas físicas e psicológicas que passou; um padre que silencia e diz amém
para as ações dos militares; uma criança que não tem nada a ver com isso; uma
mãe adotiva, que no berço de seu elitismo se aliena em relação às coisas que
acontecem ao seu redor; e uma avó desesperada, em busca do paradeiro de sua
filha e de sua neta.
A História Oficial retrata a visão,
comportamento e dores dos que tiveram suas opiniões políticas silenciadas pela
tortura e pelo assassinato. E que ainda deixam marcas ainda hoje, sobretudo para
aqueles pais e avós que ainda não encontraram seus filhos e netos e que,
provavelmente, sabem lá no fundo, que talvez nunca encontrarão.
Minha
Nota: 8,1
IMDB:
7,7
ePipoca:
6,6
Sugestão: Machuca
Download:
Belíssimo filme que conta uma terrível página na história argentina e faz um crítica feroz a elite que se calou e tornou-se conivente diante das atrocidades do governo militar.
ResponderExcluirGrandes atuação de Norma Aleandro e Hector Alterio, além de um merecido Oscar de Filme de Estrangeiro.
Abraço
Esse está indisponível? Pode disponibilizar?
ResponderExcluirOi Henrique. Corrigi o link, tenta agora.
ResponderExcluirabraço